domingo, 27 de setembro de 2009

CURSO DE FILMAGEM – DICAS FUNDAMENTAIS PARA FAZER MOVIMENTOS DE CÂMERA E TOMADAS ESTÁVEIS



DICAS FUNDAMENTAIS PARA FAZER MOVIMENTOS DE CÂMERA E TOMADAS ESTÁVEIS

Por que a câmera se move? Há uma tendência entre os operadores de câmera especialmente, os iniciantes de exagerar nos movimentos de câmera. Cuidado! Todo movimento de câmera deve ter um propósito: contribuir para uma melhor compreensão do expectador sobre o que está vendo. Do contrário, o movimento terá um efeito dispersivo e chamará mais atenção do que o tópico abordado. O mesmo vale para tomadas instáveis, balançadas. Elas só servem para lembrar o expectador de que há alguém operando a câmera, fazendo com que a gravação tenha uma aparência amadora.

UTILIZE UM TRIPÉ OU OUTROS EQUIPAMENTOS

Muitos operadores acham que o tripé é um incômodo, e que só atrapalha e atrasa a gravação. Incômodo, mesmo, é assistir a imagens feitas por esses operadores de câmera. Há tripés de todos os tamanhos, levíssimos e compactos. A estabilidade das tomadas e suavidade de movimentos proporcionadas por um bom tripé são incomparáveis. Outros equipamentos, como monopés ou suportes, que permitem o apoio de câmeras pequenas no ombro, são igualmente recomendáveis ainda que não tão eficientes. Podem ser uma boa solução em casos nos quais não é possível utilizar um tripé.


DESFRUTE DO SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO ELETRÔNICA DAS CAMCORDERS

Muitas camcorders digitais possuem um sistema de estabilização eletrônica muito eficiente para tomadas feitas com a câmera na mão. Esse recurso é especialmente útil em tomadas paradas, e não deve ser utilizado em movimentos de câmera como panorâmicas, zoom e travellings, pois a camcorder não entende que o operador quer fazer um movimento e tenta corrigi-lo. Em algumas comcorders o acesso a essa função se dá por um único toque num botão. Em outras, é necessário acessar o menu da câmera.

PROCURE APOIOS NATURAIS PARA O CORPO E A CÂMERA

Muitas vezes, não é possível carregar um tripé ou um monopé, não é mesmo? Embora esses equipamentos estejam cada vez menores e mais leves... Porém, ninguém vai querer ver suas imagens se elas estiverem muito balançadas. Procure algum tipo de apoio para a câmera ou para o corpo como uma parede, uma árvore, um muro baixo, um degrau etc. Faça tomadas estáveis: apóie a câmera em algum lugar.


NÃO CAPTE TOMADAS EM TELEOBJETIVA COM A CÂMERA NA MÃO

Você utiliza uma teleobjetiva quando fecha o ângulo de visão da objetiva, fazendo um zoom in. Quando estiver gravando com a câmera na mão, não utilize a teleobjetiva, pois ela amplia os movimentos não voluntários do operador. Prefira trabalhar com o ângulo de visão aberto, utilizando a grande-angular, que esconde as trepidações.

MANTENHA A CAMCORDER AFASTADA DO CORPO E UTILIZE O LCD

As camcorders digitais geralmente possuem um monitor de cristal líquido colorido (LCD) localizado na lateral esquerda da câmera. Esse monitor facilita muito a realização de tomadas em que a câmera não está apoiada no ombro. Atenção: mantenha a camcorder afastada do corpo para não transferir seus movimentos para a câmera.

MOVA-SE DE UMA POSIÇÃO DESCONFORTÁVEL PARA UMA POSIÇÃO CONFORTÁVEL

Essa regra vale para qualquer movimento, mas principalmente para panorâmicas com a câmera na mão. Comece o movimento com o corpo torcido ou enrolado e termine com a posição confortável. Dessa maneira, seus músculos estarão relaxando, perdendo a tensão e retornando para a posição natural.

EVITE TOMADAS COM A CÂMERA NA MÃO DE CENAS SEM MOVIMENTO

Quando fazemos uma tomada de uma paisagem ou museu, geralmente nada se move no quadro. Nessas situações, se você balançar demais a câmera, seus movimentos serão muito perceptíveis e só causarão distração. Por isso, evite fazer tomadas estáticas com a câmera na mão de cenas que não possuem movimento interno.

USE CARRINHOS IMPROVISADOS PARA FAZER TRAVELLINGS

Muitas vezes, carrinhos como os de supermercado ou para transporte de materiais podem ser valiosos na improvisação de um travelling. Escadas rolantes e elevadores panorâmicos em um shopping center também podem proporcionar boas imagens. Aproveite todos os recursos disponíveis para melhorar seus movimentos de câmera.

CAMINHE COM OS JOELHOS FLEXIONADOS

Se for realmente necessário caminhar para fazer uma tomada, caminhe com os joelhos flexionados, o que permitirá que os músculos das pernas atenuem os movimentos. Novamente, o visor de cristal líquido colorido (LCD) será útil para que você não precise encostar a câmera ao corpo. É necessário um pouco de treino para conseguir relaxar e obter bons resultados!


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CURSO DE FILMAGEM – DICAS PARA UMA BOA ILUMINAÇÃO



DICAS PARA UMA BOA ILUMINAÇÃO

Você sabe tirar o melhor proveito do white balance operacionalmente, bater o branco (termo popularmente empregado para definir o processo) é tarefa fácil e conhecida de todos os operadores de câmera. Entretanto, a busca pelo branco mais branco pode limitar criativamente o trabalho. É possível obter efeitos de cores muito bonitos e interessantes utilizando o white balance. Ao realizar o melhor ajuste, suas imagens ganharão em qualidade e criatividade.


Aplicação

O balanceamento do branco corrige uma pequena influência de cor existente nas fontes de luz branca. Você já notou que o refletor que utiliza para iluminar suas cenas produz uma luz alaranjada. Logo, tudo o que for iluminado por este refletor também ficará alaranjado. Não se percebe este tom laranja porque o olho humano ajusta-se à cor da luz, automaticamente. A câmera de vídeo, não. Sem o white balance, a câmera registrará imagens alaranjadas. Quando este é feito, a câmera identifica que a cor da luz utilizada é branca, com uma pequena influência de laranja. A função do ajuste é eliminar essa influência de laranja para que as cores das cenas gravadas sejam mais realistas.

As cores da luz

É importante saber quais são as fontes de luz principais e qual é a predominância de cor em cada uma delas. Você precisará dessas informações para fazer ajustes de white balance mais criativos. Basicamente, é comum trabalhar com três tipos de fontes de luz: incandescentes, fluorescentes e natural (luz do sol). Uma fonte incandescente muito comum é a que temos em casa, a lâmpada comum, redondinha. Pode-se perceber que ela é alaranjada. Os refletores utilizados por profissionais que gravam casamentos e eventos sociais também são fontes de luz incandescentes, alaranjadas.
As lâmpadas fluorescentes são as tubulares, aparentemente brancas. Geralmente, encontra-se esse tipo iluminação em escritórios comerciais, supermercados, hospitais, etc. Lâmpadas fluorescentes são muito comuns. Você sabe qual é a predominância de cor da luz proveniente desse tipo de lâmpada, Verde. Ficou surpreso? Se estiver gravando em um ambiente iluminado por lâmpadas fluorescentes e não bater o branco, as imagens ficarão esverdeadas. A fonte de luz natural, o sol, produz uma luz azulada. Todas essas fontes emitem uma luz branca, porém, com uma pequena predominância de cor. Vale reforçar que a luz incandescente é amarelada, a fluorescente é esverdeada e a natural é azulada.

Para obter cores naturais

A busca por mais realismo no registro de cores demanda que você bata o branco sob a luz que vai iluminar as cenas. Se for gravar uma seqüência iluminada por uma fonte fluorescente, deverá ajustar o white balance no local onde a cena será gravada, sob a luz que realmente iluminará o quadro (no caso, uma fonte de luz fluorescente, esverdeada). O balanceamento do branco permitirá que a câmera identifique a cor da luz e elimine a pequena predominância de verde, obtendo-se, assim, uma gravação de cores mais naturais e realistas.

Corrigindo a cor da luz

Ao identificar a cor da luz, a câmera a neutraliza por meio de uma cor oposta e complementar. A cor oposta ao verde é o magenta (tom identificado no papel do bombom Sonho de Valsa). Logo, ao bater o branco sob uma fonte de luz fluorescente, a câmera estará adicionando magenta, para que a cor da luz seja corrigida e as imagens não fiquem esverdeadas. A cor oposta ao azul (luz natural) é o âmbar (tom alaranjado, semelhante à das fontes de luz incandescentes). Sabendo como a câmera corrige as cores da luz você poderá fazer ajustes de white balance mais criativos e corrigir problemas muito conhecidos.

Fontes de luz fluorescentes

Você já percebeu que as pessoas parecem mais pálidas quando trabalhamos com uma fonte de luz fluorescente, mesmo ajustando o white balance corretamente? Para solucionar esse problema, bata o branco por meio de uma gelatina ou filtro de correção levemente azul, colocado em frente à lente da câmera. Depois , retire a gelatina e grave normalmente. Você verá que as pessoas parecerão mais coradas e a tonalidade geral da cena será mais quente e agradável mais âmbar. Como isso é possível? Ora, é simples: ao colocar uma gelatina azul em frente à lente, a câmera compreende que a luz que está iluminando a cena é azul e adiciona âmbar para corrigir e eliminar esta tonalidade. Ao se retirar a gelatina azul, todas as imagens ficarão com a influência da cor âmbar (alaranjada).
É importante que a gelatina utilizada para bater o branco seja levemente azul, para que as imagens finais não fiquem muito alaranjadas. Eis as gelatinas possíveis para se obter um bom resultado nesta situação: 218 e 203, da Lee Filters, e 3208 e 3216, da Rosco (linha Roscolux). Pode-se utilizar qualquer outro material doméstico para bater o branco, como papel celofane colorido, por exemplo. Apenas não o coloque em frente ao refletor, pois o material é altamente inflamável!

Pôr-do-sol

A mesma técnica pode ser empregada para obter uma bela tomada de um pôr-do-sol. Se desejar que a coloração da imagem fique bastante alaranjada (quente), basta bater o branco com o auxílio de uma gelatina azul em frente à lente da câmera. Ao retirar a gelatina para fazer a tomada, a imagem gravada terá uma suave tonalidade âmbar. Gelatinas: 202, da Lee Filters, e 3202, da Rosco (linha Roscolux).

Noite americana

Será possível simular uma noite ou um entardecer durante o dia? É possível, sim ? e não é difícil obter o efeito, conhecido como noite americana. É necessário que a iluminação seja bastante contrastada (com claros e escuros intensos) para que o efeito seja mais convincente. Depois, deve-se bater o branco com uma gelatina âmbar. Ao retirar a gelatina, as imagens ficarão azuladas, o que reforçará a impressão de que a cena está sendo gravada à noite, gelatinas: 285, da Lee Filters, e 3408, da Rosco (linha Roscolux).

Conclusão

Você aprendeu que, no processo de realizar o white balance para corrigir a cor da luz, a câmera de vídeo acrescenta uma cor oposta. Agora que sabe como a câmera trabalha, experimente bater o branco com o auxílio de gelatinas e filtros de correção.



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CURSO DE FILMAGEM - ERROS COMUNS


CentralizAR o assunto principal


Se você indagar a um amador como deve ser feito um bom enquadramento, ele lhe responderá: Basta centralizar o assunto principal. Mas lembre-se: você não está caçando e sua câmera de vídeo não é a mira de uma arma. O posicionamento do tema principal no centro do quadro é uma das características mais amadoras de uma imagem. A centralização não favorece a percepção do segundo plano e confere a imagem a pouco dinamismo e interesse visual. A regra dos terços é uma antiga teoria a cerca da composição que propõe uma forma simples e eficaz de compor a imagem. A idéia é dividir o quadro em nove partes iguais através do traçado imaginário do cruzamento de duas linhas horizontais com duas verticais. Dessa forma, obtemos quatro pontos de interesse (pontos focais) formados pelo cruzamento dessas linhas. A regra diz que esses pontos focais são os mais indicados para a colocação dos elementos principais no quadro.

ABUSO DO ZOOM

O movimento de zoom (in ou out) é muito atraente e tentador para o operador de câmera iniciante. Porém, seu uso exagerado é cansativo e artificial para o expectador, pois o olho humano não varia o ângulo de visão. Além disso, a seqüência ficará previsível e pouco interessante, pois o expectador assistirá às imagens certo de seus movimentos repetitivos. Evite fazer séries de movimentos de zoom e não emende um zoom in com um zoom out. Faça poucos movimentos, sempre justificados. O zoom in deve evidenciar algo ao expectador. O zoom out deve revelar informações novas e, preferencialmente, relacionadas ao assunto do quadro inicial.



GRAVAR A PARTIR DE UMA ÚNICA POSIÇÃO

Novamente, esta é uma das características mais amadoras em uma seqüência de imagens. Movimente-se! Diversifique o posicionamento da câmera e procure pontos de vista mais interessantes. Note que o operador de câmera profissional está sempre se movendo enquanto registra suas imagens.



GRAVAR TODOS OS PLANOS À ALTURA DO SEU OLHAR

Enxergamos tudo a partir da altura de nossos olhos. Portanto, se gravarmos nossas imagens sempre dessa maneira, o resultado será muito convencional. Além de diversificar a posição altere, também, a altura da câmera, a fim de encontrar ângulos visualmente mais interessantes. Câmeras altas e baixas aumentam o impacto visual das imagens.

FAZENDO LONGAS PANORÂMICAS HORIZONTAIS E VERTICAIS

Geralmente, os movimentos de câmera devem ser curtos, para não se tornarem cansativos ao expectador. A famosa panorâmica de 360º deve ser excluída de sua seqüência. Também não emende uma série de panorâmicas, poupando o expectador da incômoda sensação de estar girando o tempo todo.



GRAVAR MUITOS SEGUNDOS DE CADA PLANO


Não edite suas imagens durante a gravação. O tempo de duração de uma tomada deve ser decidido no processo de edição. Para efeito de captação, grave cada plano além do tempo que imagina ser necessário para edição (overlaps).



SE COLOCAR EM SITUAÇÕES DE CONTRA-LUZ


O assunto principal geralmente, em primeiro plano - deve ser mais iluminado que o segundo plano. Em sua situação de contra-luz isto não ocorre e você terá problemas ao fazer o ajuste de exposição. Se trabalharmos com muita luz no segundo plano e uma abertura de diagrama excessiva, a imagem será comprometida, pois as áreas mais claras serão invadidas pelo branco. Dizemos, então, que ouve superexposição e chamados este tipo de imagem de superexposta (estourada) no segundo plano e subexposta no primeiro plano. Portanto, evite colocar-se em situações de contra-luz.


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